Após o épico concerto há quase duas semanas atrás, no Coliseu dos Recreios, os senhores do Progressivo regressam a Portugal, com acompanhamento de luxo.
A Progressive Nation 2009 começa em solo europeu a 23 de Setembro, e até agora já tem uma data em Portugal, a ser realizada no Palácio de Cristal , no Porto, a 22 de Outubro. Os Dream Theater resolvem brindar-nos de novo com a sua magnificiência, e desta vez, para felicidade de muitos, trazem para a festa os Opeth , outra banda de culto no nosso país. Os Opeth não nos visitam desde 2006, altura em que actuaram em Corroios. Vêm promover o mais recente Watershe, e serão um enorme chamariz para este evento.
Como se não bastasse, Bigelf e Unexpect fazem também parte do alinhamento, deste concerto que se prevê quase que como um festival. Os bilhetes serão postos á venda a 1 de Julho.
Ainda estou a digerir a morte do Michael Jackson. Não que seja uma apreciadora ferranha de todo o seu trabalho, mas o legado que deixou é inigualável.
Temos sempre aquela sensação que pessoas que atingem o estrelato universal, se tornam consequentemente imortais. É como se fosse impensável que estas desaparecessem, sendo deuses na terra. Após muito choque pelo mundo fora, e findados as respectivas homenagens, encarar-se-á melhor tudo isto, afinal, apesar de ser uma dita "vaca sagrada", também tinha sangue a correr nas veias.
Mesmo que não estivesse em quarto lugar na lista de artistas musicais que mais venderam desde sempre (atrás de Beatles, Elvis Presley, e Bing Crosby), este senhor seria sempre reconhecido pela voz com que foi abençoado, desde tenra idade quando surpreendia todos, na liderança dos Jackson 5. Desde aí que já ressaltava algo que o tornava especial, vindo de não se sabe onde, naquela figura pequenina de 11 anos, altura em que foram lançadas as primeiras musicas do grupo, que obtiveram logo sucesso.
Depois, plásticas á parte, polémicas á parte, mistérios de Neverland á parte, não falo da pessoa, mas sim enquanto espírito artístico, esse sim é universal e imortal, e decerto que a sua música perdurará intemporal. Era o Embaixador da música Pop. Mesmo já não estando presente em físico, atingiu a imortalidade.
Horas antes de se dar início a um dos concertos mais aguardados do ano pela comunidade metaleira, no mítico coliseu dos recreios, já uma vasta multidão de fiéis se encontrava de pedra e cal no átrio do local. Á hora de abertura de portas, a confusão e a pressa de conseguir um lugar dianteiro reinou, sendo visível a fraca atenção e organização neste ponto por parte dos responsáveis.
Já lá dentro, depois de um dia de temperaturas solarengas, o recinto tornou-se um forno. Mesmo nessas condições, nenhuma alma deu debandada.
Minutos depois das 9:30, Pendragon, banda inglesa com 31 anos de carreira, a cargo da primeira parte entra em palco, gaudeando os presentes com o seu metal progressivo. Nick Barrett, o líder do colectivo de Gloucestershire presenteia-nos com um rebuscado "Oubrigado" duas e três vezes. As três pimeiras musicas são do novo registo Pure, Indigo, Eraserhead, The Freakshow. Acabam com Master of Illusion, retirado de The Masquerade Overture.
Ás 22:30, Mike Portnoy, John Petrucci, Jordan Rudess, John Myung desembarcam em palco saudando-nos com In The Presence Of Enemies, num estrondoso início que todavia seria um apontamento constante no prolongar do concerto. Doses maciças de puro som épico a jorrarem daquela junção de potentes instrumentos, com especial destaque para a "muralha" onde se escondia Portnoy.
Alguns minutos depois, James LaBrie, a voz da banda aparece em palco aos primeiros acordes de Beyond This Life, de Scenes From a Memory. A parte instrumental impera, e LaBrie entra e sai do palco várias vezes. O terceiro tema é Panic Attack, extraído do albúm de 2005, Octavarium, confirmando a excelência de Petrucci no que toca a velocidade nas cordas.
Segue-se uma fatia do mais recente Black Clouds & Silver Linings, A Rite of Passage, que de resto, tem sido a única faixa do novo albúm, que a banda tem tocado em todos os pontos desta tour. Notam-se mudanças na voz de LaBrie, estando esta mais forte. E nota-se também que apesar de ser bastante recente, é uma musica que o público canta de cor e salteado. 
Revisita-mos Hollow Years, e seguidamente Constant Motion. Depois, dupla passagem pelo albúm Awake, com Erotomania e Voices, temas bem antigos e entoados em uníssono por um coliseu esgotado até ao tecto. Depois de uma Solitary Shell, veio The Spirit Carries On, talvez o momento da noite, ou pelo menos o mais tocante, estanto a audiência recheada de pequenas estrelas, feitas de isqueiros acesos. "A" balada dos Dream Theater pôs todas as gargantas a cantar em coro, elevando-se mais alto que a voz do próprio LaBrie.
Após, voltamos ao ano de 2003, ano do lançamento de Train Of Thought, para um tema também interpretado a bom som pelos presentes, As I Am. A esta altura, todos os que estavam dentro do recinto, suavam pelas estoupinhas, e perante a saída do grupo, ergue-se uma onda de barulho e bater de pé. Voltam para um medley de 15 minutos, em que juntam Metropolis Pt. 1 , Learning to Live de Images and Words e algumas passagens de A Change of Seasons, com um momento de battle entre o guitarrista Petrucci e o teclista Jordan Rudess. De fora ficaram as célebres Pull Me Under, Take the Time ou Strange Dejá Vu.
No final de contas, todos os que se deslocaram naquela noite de Verão abrasador, envergando o preto como cor oficial, pareceram satisfeitos e prontos para repetir a dose vezes sem conta.
Tim Burton, Março 2010
O filme começou a ser rodado em Maio último, e conta com os já residentes nos filmes de Burton, Johnny Depp, no papel de Chapeleiro Louco e Helena Bonham Carter (esposa de Tim Burton) como Rainha de Copas (ou Rainha Vermelha).
A história é uma continuação do filme original, em que Alice, agora uma adolescente de 17 anos, descobre que irá ser pedida em casamento num evento social, e foge, seguindo um coelho branco e indo parar ao País das Maravilhas.
O papel de Alice foi entregue a uma jovem praticamente desconhecida do grande público, Mia Wasikowska, e no resto do elenco destaque ainda para Michale Sheen como Coelho Branco, Anne Hathaway como Rainha Branca e Stephen Fry como Gato Risonho.
O albúm novo dos indie rockers Dinosaur Jr., intitulado Farm é editado na Europa a 22 de Junho, e um dia depois nos EUA, e tem como primeiro vídeo, Overt It.
Lançado a 9 de Junho pela Matador Records, editora pela qual assinaram em 2008, o 16º albúm de estúdio dos nova-iorquinos Sonic Youth, The Eternal tem como primeiro video Sacred Trickster.
Depois de Dance With Somebody, o primeiro avanço de Give me Fire editado este ano, segue-se Gloria. Os Mando Diao, actuam no Super Bock Super Rock, dia 18 de Julho.
Livio De Marchi é o Carpinteiro de Veneza. Porquê? Este senhor decidiu fazer do seu talento uma forma de vida, levou-o mais alto e enveredou por uma obra em permanente construção, um projecto a longo prazo, com o qual dificilmente poderá alguém equiparar-se.
Resultado: toda uma casa em mandeira, incluindo adornos que em principio nao são executados com esse material, como sofás, livros, e afins. O que leva a tal empenho e criatividade, é uma boa pergunta, mas talvez desnecessária, pois o artista para criar, apenas precisa de um ímpeto interior e tempo, e não de uma justificação racional, como parece ser o caso deste mestre da madeira.
Jason Rathbone que recentemente interpretou o vampiro quase mudo e atónito Jasper em Twilight, foi o actor escolhido para dar vida a Varg Vikernes aka Count Grishnackh, estrela maior da cena Black Metal da Noruega.
Em 2004, o próprio Varg, escreveu no seu site um pedido de boicote ao filme, por se tratar de um rol de mentiras e preconceitos que o iriam denegrir, e criar falsas ideias nos fans da nova-guarda deste género de música, e por conseguinte, deturpar as verdadeiras ideologias da mente dos Burzum. Vikernes já se impôs perante o livro que baseia o filme, Lords of Chaos: The Bloody Rise of the Satanic Metal Underground de Michael Moynihan e Didrik Søderlind, publicado originalmente em 1998, o qual documenta os acontecimentos da cena do Black Metal norueguês, tais como a morte de Euronymous, dos Mayhem, morto por Varg Vikernes, e a destruição de várias igejas centenárias pelo Inner Circle.
A película prevê-se estrear em 2010, com Sion Sono como director.
No início de Maio em entrevista á Rolling Stone, Bob Dylan afirmou estar receptivo a uma futura colaboração com o ex-Beatle. Possivelmente as duas figuras míticas da cultura popular, juntar-se-ão para gravar neste Verão, em princípio na Califórnia, onde ambos possuem moradias.
O ano passado Paul McCartney declarou publicamente o desejo de trabalhar com o rei da Folk, pois o "admira muito", e agora Dylan disse que "seria fascinante fazer algo com Paul".
Esperemos o que sairá daqui, que será certamente algo bom.
