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Horas antes de se dar início a um dos concertos mais aguardados do ano pela comunidade metaleira, no mítico coliseu dos recreios, já uma vasta multidão de fiéis se encontrava de pedra e cal no átrio do local. Á hora de abertura de portas, a confusão e a pressa de conseguir um lugar dianteiro reinou, sendo visível a fraca atenção e organização neste ponto por parte dos responsáveis.
Já lá dentro, depois de um dia de temperaturas solarengas, o recinto tornou-se um forno. Mesmo nessas condições, nenhuma alma deu debandada.


Minutos depois das 9:30, Pendragon, banda inglesa com 31 anos de carreira, a cargo da primeira parte entra em palco, gaudeando os presentes com o seu metal progressivo. Nick Barrett, o líder do colectivo de Gloucestershire presenteia-nos com um rebuscado "Oubrigado" duas e três vezes. As três pimeiras musicas são do novo registo Pure, Indigo, Eraserhead, The Freakshow. Acabam com Master of Illusion, retirado de The Masquerade Overture.



Ás 22:30, Mike Portnoy, John Petrucci, Jordan Rudess, John Myung desembarcam em palco saudando-nos com In The Presence Of Enemies, num estrondoso início que todavia seria um apontamento constante no prolongar do concerto. Doses maciças de puro som épico a jorrarem daquela junção de potentes instrumentos, com especial destaque para a "muralha" onde se escondia Portnoy.Alguns minutos depois, James LaBrie, a voz da banda aparece em palco aos primeiros acordes de Beyond This Life, de Scenes From a Memory. A parte instrumental impera, e LaBrie entra e sai do palco várias vezes. O terceiro tema é Panic Attack, extraído do albúm de 2005, Octavarium, confirmando a excelência de Petrucci no que toca a velocidade nas cordas.






Segue-se uma fatia do mais recente Black Clouds & Silver Linings, A Rite of Passage, que de resto, tem sido a única faixa do novo albúm, que a banda tem tocado em todos os pontos desta tour. Notam-se mudanças na voz de LaBrie, estando esta mais forte. E nota-se também que apesar de ser bastante recente, é uma musica que o público canta de cor e salteado.


Revisita-mos Hollow Years, e seguidamente Constant Motion. Depois, dupla passagem pelo albúm Awake, com Erotomania e Voices, temas bem antigos e entoados em uníssono por um coliseu esgotado até ao tecto. Depois de uma Solitary Shell, veio The Spirit Carries On, talvez o momento da noite, ou pelo menos o mais tocante, estanto a audiência recheada de pequenas estrelas, feitas de isqueiros acesos. "A" balada dos Dream Theater pôs todas as gargantas a cantar em coro, elevando-se mais alto que a voz do próprio LaBrie.




Após, voltamos ao ano de 2003, ano do lançamento de Train Of Thought, para um tema também interpretado a bom som pelos presentes, As I Am. A esta altura, todos os que estavam dentro do recinto, suavam pelas estoupinhas, e perante a saída do grupo, ergue-se uma onda de barulho e bater de pé. Voltam para um medley de 15 minutos, em que juntam Metropolis Pt. 1 , Learning to Live de Images and Words e algumas passagens de A Change of Seasons, com um momento de battle entre o guitarrista Petrucci e o teclista Jordan Rudess. De fora ficaram as célebres Pull Me Under, Take the Time ou Strange Dejá Vu.





No final de contas, todos os que se deslocaram naquela noite de Verão abrasador, envergando o preto como cor oficial, pareceram satisfeitos e prontos para repetir a dose vezes sem conta.

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Marco P. disse... @ 24 de junho de 2009 às 15:24

Foi de facto ganda concerto, a Beyond Life partiu aquilo tudo, a Rite Of Passage apesar de ser novinha toda a gente já a sabe e o medley no final foi mesmo o melhor da noite, com os magníficos solos do John Petrucci misturados com a virtuosidade do Jordan Rudess, a classe do John Myung misturado com a electricidade do Mike Portnoy atrás daquela "bateria" e com o James LaBrie a ter a sua voz melhor de sempre, os DT provaram que são mestres no Metal Progressivo.

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