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The Management. Ou o vulgo MGMT, para despachar.
Assaltaram o público com o primeiro single Time To Pretend, que depressa assegurou um lugar ao sol, no top de singles com mais sucesso do ano de 2008. Seguiu-se Electric Feel, numa electronica contagiante para qualquer perna sedenta de se mexer.

Arranjei o albúm dos MGMT, o Oracular Spectacular.
Está no geral muito bom, e não me admira que tantas publicações conceituadas, como a Spin ou o NME os considerem no topo dos albúns de 2008.
A minha faixa favorita é Pieces Of What, uma baladinha, que adormece qualquer mente irrequieta.

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PDA - Interpol

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Não acreditem no amor.
Ou qualquer outra coisa que se pareça a isso.
Isso é tudo uma treta.
Ás vezes parece que até consegue subsistir por aí, mas é uma completa mentira.
Eu pelo menos acabo sempre da mesma maneira. É certinho.
Daí a minha opinião ser esta.
É por isso que amor rima com dor. Onde há uma coisa, há a outra.
E, depois de consecutivos defechos maus, uma pessoa chega a um estado em que deixa de ter motivos para acreditar. E com bastante razão.
Já me deu motivos para sorrir? Já.
E para chorar? Sempre.
Aquilo que nos dá pode ser avassalador, mas o bocado de vida que nos tira quando decide ir embora é muito pior.


Não sei, secalhar sou eu que exagero. Secalhar vi muitos filmes lamechas quando era pequena e fiquei anormalmente assim. Eu esforço-me mesmo para tentar ser como as pessoas normais, e ultrapassar os desgostos, mas fico aqui, a bater na mesma tecla. Por vezes até tento interpretar uma personagem que não leve as coisas tão a peito, só para me sentir melhor, mas sou esta coisa estupidamente sensível. Tento pensar como os normais, há mais peixe no mar, siga. Mas não, fico a comtemplar o peixinho que já se finou, a ver se ressuscita.

Tento ouvir os meus amigos, os quais saturo (é a melhor palavra) com as minhas dissecações dos meus próprios problemas, tento pensar que o " Andreia, mereces melhor, e vais conseguir! Anima-te" é verdade. Mas enfim, para estas coisas me acontecerem eu devo ser muito má pessoa mesmo. Devo tratar as pessoas mesmo rudemente. Peço desculpa, se fui fria/parva/chata/má para vocês. Secalhar é por isso que agora ando assim. Novembro deve ter sido o mês mais mal gasto da minha vida, o mais apático. Dezembro só foi melhor porque consegui voltar a achar graça a coisas.

Depois vem o alcoól. Não faço grandes loucuras, mas é nestas alturas que tenho vontade de cometer excessos. Nem sei para quê. Depois disso, os problemas continuam aqui. Deve ser para atenuar os pensamentos. Ou chamar a atenção. E para, por instantes descansar o meu cérebro de tantos filmes que faz. Não sei, neste momento qualquer coisa, nem que seja estragar a saúde, é melhor que ficar em casa a ver a minha vida a passar em flashback enquanto olho para as paredes.



Não fiquem a pensar, "Olha esta coitadinha está pronta para ser internada", Eu não sou sempre assim. Também conto umas piadas, ás vezes. Mas como tenho muito azar amoroso, dá-me para escrever tolices. O mais provável, é quando estiver de bom humor, olhar para isto e achar ridículo, por isso, ainda bem que ninguém leu isto tudo.

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Para uma mulher ser transformada num homem, é muito mais difícil.
Há processos cirúrgicos muito complicados.
Não tem nada a ver com os genitais, o mais difícil é remover metade do cérebro.

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A Christmas Duel - The Hives & Cyndi Lauper


Merry Christmas ( I Don't Want to Fight Tonight ) - Ramones



All I Want for Christmas is You - My Chemical Romance ( Mariah Carey cover )

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Estou com frio. Por fora e por dentro.
Estou a tremer fisica e psicologicamente.
Dava jeito um cobertor mental principalmente.

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Don't Shoot Me Santa - The Killers


Christmas Time - The Darkness

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O que há em mim são nadas
Nadas que me fazem querer tudo
Nadas que tocam o absurdo

E o tudo que lhes falta
Junta os meus pequenos nadas
Pega neles e corta-os em mais nadas ainda.

E assim vou sendo um recipiente
cheio de muitos nadas
Que nunca serão um bocadinho de tudo
Mas que todos juntos
Formam um cheio e grande vazio
Cada vez maior e mais preenchido.

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Está perdida.

Quando eu era pequena, via o Natal como o melhor momento do ano, a par do meu aniversário, porque era sinónimo de prendas, e mais brinquedos para o monte. Mas também porque era sinal que ia viajar até á cidade capital, e ver a família que não via todo o ano, visto estar "exilada" numa terriola chamada Trancoso, plena Guarda.

Com o passar dos anos, fui realmente deixando de ligar a presentes. Porque o que precisamos mesmo não vem empacotado. Precisamos é de pessoas, e se vierem empacotadas, o mais provável é receber-mos cadávers.
Vejo o dia 24 de Dezembro, como um dia em que a família se decidiu reunir, e com a "obrigação" de encher a casa de embrulhos. E, melhor, bastantes comes e bebes.

É uma época onde reina o consumismo (culpem os Reis Magos, esses é que tiveram a ideia de oferecer presentes ao Menino), e pior, a hipocrisia. As pessoas juntam-se todas, muitas com o intuito de ver o que lhe calha dentro dos envólucros enlaçados. A família pode estar separada, o ano inteiro, chega o Natal, e aparecem todos muito simpáticos para comer bacalhau com batatas á borla e receber prendas.

É ir aos centros comerciais, e além de estarem sobrelotados ver as pessoas cheias de sacos e saquinhos e a máxima " Tenho que comprar qualquer coisa para [inserir nomes]" estampada na testa.

Eu não dou prendas a ninguém. Se dou é raro. Ou estou num momento Oprah Winfrey, ou é porque é alguém que realmente merece um presentinho. Por isso, neste Natal, novamente não vão haver embrulhos com a etiqueta "de:Andreia". Para prenda, basta bem a minha simpatia.



É basicamente isto, tenham um terrível Natal, e não gastem dinheiro em prendas!

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João Maria de Manzarra, passou a ser, além do mítico apresentador do programa Curto Circuito, da Sic Radical, um sério caso de sucesso dentro do panorama musical actual.

Tudo começou com a música improvisada, Take a Look at Faísca, em jeito de serenata a um cameran do programa. Esse foi o mote para um projecto mais consistente, e é assim que Manzarra nos brinda com um registo musical que mistura diferentes sonoridades, "As Mais Belas Canções de Natal, para a Páscoa".

myspace

Este projecto, além de trazer ao de cima, todo o talento musical de João Maria, está associado a uma causa nobre. Por cada cd vendido, um cabelo novo para Xavier, o dj de serviço no programa.

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Cheap Mondays


Banda italiana que pratica o indie rock.
Uma espécie de cruzamento entre uns Arctic Monkeys e uns Black Rebel Motorcycle Club, viciantes.

myspace

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If you don't mind why don't you mind
Where is your sense of indignation
You are too kind
Much too kind
Where is the madness that you promised me
Where is the dream for which I paid dearly
When things go wrong I sing along It
is the nature of the business
But you're not here to make my sad songs more sincere
No one will ever love you honestly
No one will ever love you for your honesty
No one will ever love you honestly
No one will ever love you for your honesty

No One Will Ever Love You - The Magnetic Fields

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Há doenças piores que as doenças,
Há dores que não doem, nem na alma
Mas que são dolorosas mais que as outras.
Há angústias sonhadas mais reais
Que as que a vida nos traz, há sensações
Sentidas só com imaginá-las
Que são mais nossas do que a própria vida.
Há tanta coisa que, sem existir,
Existe, existe demoradamente,
E demoradamente é nossa e nós...
Por sobre o verde turvo do amplo rio
Os circunflexos brancos das gaivotas...
Por sobre a alma o adejar inútil
Do que não foi, nem pôde ser, e é tudo.

Dá-me mais vinho, porque a vida é nada.


Fernando Pessoa

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Não ganhou o Project Runway, mas devia. Foi sempre a minha estilista preferida, desde o início, não só pelo talento que tem, mas pela personalidade desbocada.



Além de pintar muitos dos tecidos á mão, Kenley mistura um revivalismo dos anos 50, com a excentrincidade dos tecidos, e formas avant-garde e informais. Cativou-me por isso mesmo, por cada modelo que ela faz ser uma expressão artística, colorida, e que desperta curiosidade. É como se cada peça contasse uma história diferente, mas tendo sempre a sua marca.


Todas as peças de Kenley, durante Project Runway Season 5.

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É assim que anda a minha vida. Entre os dias..




O que eu queria mesmo, era que houvessem mais Robert Smith's por aí.
De preferencia que um deles me calhasse a mim.

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Detesto sentir saudades.

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You dreamed me up and left me here
How long was I dreaming for
What was it you wanted me for
I'm Still Here

A good man is hard to find
Only strangers sleep in my bed
A Good Man is Hard to Find

They say you're seeing someone, you're wearing his ring
They say you laughed when you heard my name
They say he takes you dancing, he holds you so near
They say he'll buy you anything
Tell me am I foolish, I don't believe these stories
And I'll be coming home soon
Tell It to Me

So close your eyes
Open your heart
To the one who's dreaming of you
You can never hold back spring
You Can Never Hold Back Spring

I know you got yoursef a skinny ol' man
Let me be your baby, I know that I can
Slap me baby
Give me all of your grief
I have no use for the truth
Lie to Me

And those were the days of roses, poetry and prose
And Martha all I had was you and all you had was me.
There was no tomorrows, we'd packed away our sorrows
And we saved them for a rainy day
Martha

Oh I guess I'll never see the light
I got the blues 'bout every night
Since I fell for you
Since I Fell For You (Nina Simone cover)

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Os Comteporâneos desejam-nos um "Feliz Natal", e recriaram "Do They Know It's Christmas" da Band Aid, o hit de solidariedade dos anos 80.



making of:



Aqui o episódio na íntegra

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Mãe: "Os meus colegas já me convidaram pró hi5, tenho que fazer um."
Eu: "... mas o que 'tá a dar agora é o myspace.."
Mãe: "..então mas esse não dá para 5.."
Eu: "Hein?"
Mãe: "Entao, mas no hi5 podes convidar 5 amigos.."


...

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Bettie Page faleceu hoje aos 85 anos de idade, vítima de pneumonia.

A mais famosa pin-up de sempre e uma das mulheres mais fotografadas do mundo, estava internada no hospital de Los Angeles desde dia 2 de Dezembro.

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Mais um punhado de bandas com gajas a comandar que arrumam certas bandas de gajos a um canto.


L7


Otep Shamaya, Otep


Laura Mary, Blood Red Shoes


Alison " VV" Mosshart, The Kills

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A loucura, a festa e o alcoól!

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... que me estrangule sff.

Pode ser que isto passe mais depressa.

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Dimebag Darrell, 20 de Agosto de 1966 - 8 de Dezembro de 2004


Um dos meus guitarristas favoritos de todo o sempre partiu faz hoje 4 anos.
Brutalmente assassinado em palco por um suposto fan psicótico de Pantera, que entretanto tinham dado por terminada a carreira, Dime é e sempre será uma das maiores influências da guitarra. É revoltante saber que tanto talento foi prematuramente cortado, que podia ter sido, de certa forma evitado, e que um grande músico foi chacinado por motivos estupidamente inconscientes.


Cemetery Gates - Pantera

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Novo vídeo dos Metallica para o segundo single do recente albúm, Death Magnetic.

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Ontem fui ver o filme biográfico sobre Amália Rodrigues, fígura incontornável do Fado, e da música portuguesa.

O retrato fílmico gira em torno do ano de 1984, altura em que Amália aparece como uma fígura perturbada e quase opta pelo suicídio, no decorrer de um tumor que lhe é diagnosticado. A espera, em Nova Iorque, pelos resultados do desenvolvimento do tumor, é alternada com imagens de toda a vida de Amália, desde a infância até á idade adulta.


É evidenciado o papel do avô, com o qual Amália viveu durante a infância, e com quem mantinha uma grande ligação. A chegada dos pais a Lisboa, juntamente com o irmãos, mostra uma família distante de Amália. Com a irmã, Celeste havia uma grande cumplicidade, já com a mãe, havia uma certa frieza. Entretanto os familiares da Diva do Fado já se insurgiram, e contestam a veracidade da trama, afirmando que o argumento "deturpa grosseiramente a realidade".

Sandra Barata Belo, é a actriz que encarna Amália, que vemos como uma pessoa descontraída, algo rebelde para o tempo em que vivia e perspicaz. Também é evidenciada a vida amorosa da cantora, repleta de inconstância e alguns desgostos.

O filme que conta a história do maior ícone fadista, estreou num total de 66 salas, em mais de duas dezenas de países, entre os quais, Bélgica, Holanda e China, e afigura-se como a maior produção portuguesa cinematográfica de sempre.

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The Ramblers.

Banda de Lisboa, que funde na perfeição os Blues com o Rock 'n' Roll clássico.

Vão estar na Tenda Cais, no Martim Moniz, no dia 13 de Dezembro, com entrada gratuita.

myspace

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the passenger - iggy pop

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Está á venda desde 29 de Novembro, e até aos finais de Janeiro, o livro que reúne imagens de alguns dos artistas fotografados entre 2006 e 2008, por Rita Carmo, repórter da Blitz, e para mim uma referência na fotografia nacional. Dead Combo, Maria João, e David Fonseca, entre outros.

A não perder!

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We Die Young - Alice in Chains



Fell On Black Days - SoundGarden


Last Kiss - Pearl Jam


Sex Type Thing - Stone Temple Pilots



Lithium - Nirvana

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Eu: "Era um pão-de-leite com queijo e fiambre sff."
Empregada: Já não há, só com fiambre.
Eu: "Não, 'tá ali um."
Empregada: "Mas esse é misto."
Eu: ...
Empregada: "Misto, é isso que quer?"
Eu: "Sim ..."

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Em bandas de rock, não é muito comum verem-se elementos femininos.
Não sou muito apreciadora de vozes femininas, especialmente aquelas cheias de melodia e completamente lisas. Prefiro vozes masculinas.

Não obstante, tenho algumas figuras femininas que me arrebatam completamente. Aqui ficam algumas delas.


Brody Dalle, ex-The Distillers


Angela Gossow, Arch Enemy


Shirley Manson, Garbage


Tarja Turunen, ex-Nightwish


Courtney Love, ex-Hole

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A minha banda de eleição do findado movimento grunge, sempre foi Alice in Chains. A figura proeminente do grunge, é Kurt Cobain, e os seus Nirvana. Para mim, Layne Staley e os seu Alice in Chains, arrumam os outros a um canto. Têm muito mais qualidade técnica a meu ver. A única parecença, é os seus líderes terem morrido no mesmo dia, mas em anos diferentes (5 de Abril de 1994, e 2002).

A seguir aos AiC, poderiam vir os Pearl Jam, Soundgarden e Stone Temple Pilots. Até aprecio Nirvana, em certa medida, mas em comparação com os outros, não me dizem nada.




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But only love
can break your heart
Try to be sure
right from the start
Yes only love
can break your heart
What if your world
should fall apart?

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Fui ver o Ensaio Sobre a Cegueira, a adaptação á grande tela da obra de José saramago.
Como se dizia, é realmente pesado. Não são cenas que se encarem de ânimo leve, são perturbadoras, e ficam a fervilhar na memória.

A história passa pelo acompanhamento gradual de uma epidemia descontrolada e desconhecida, que rapidamente alastra deixando as vítimas num estado de cegueira anormal. Anormal, porque em vez de falta de luz, vêem em branco. Os infectados são encarcerados num local - o que por momentos me fazia lembrar o Holocausto - e cada vez vão chegando mais e mais pessoas que sobrecarregam a lotação desse local. Apenas uma pessoa não está infectada, a personagem interpretada por Juliane Moore. E através dos olhos dela que vemos a cegueira geral, o degredo daquilo que parecia ser o fim do mundo.

Uma cena especialmente chocante, é a da violação "consentida" de 9 mulheres, como forma de pagamento. É explícita, dramática, e revoltante.

Outra coisa desnecessária são as inúmeras cenas de sexo. Há um exagero, e por vezes parece que foram ali colocadas sem sentido, tirando um pouco de brilho á trama.

Sem isso, está um bom filme, desconheço se faz jus ao livro ou não, pois não o li. Mas é cativante, apesar de na minha opinião a conclusão ser um pouco ambígua e vaga, não se chegando a uma explicação lógica, nem a uma previsão dos eventos seguintes.

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É com gáudio que me regozijo de constatar que já tenho 1001 amigos no myspace.

Agora sim, posso sentir-me realizada, e, uma pessoa melhor.
Posso considerar-me realmente cool.

Um bem haja, a todos os que ajudaram a tornar este sonho possível.
Sem os vossos friend requests, a minha vida seria cinzenta, e sem graça.



Desculpem também, aqueles que não aceitei. Obviamente fiz uma triagem, porque da minha lista só poderiam constar outras pessoas igualmente cooles. Afinal, temos que saber escolher os nossos amigos e companheiros para a vida.

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Just Like Heaven - The Cure


Dá para sorrir, sonhar e chorar. Priceless.

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A ideia é responder a um questionário com títulos de musicas de uma banda.

A banda é Ornatos Violeta.


1) és homem ou mulher? 'a dama do sinal'

2) descreve-te: 'debil mental'

3) o que as pessoas acham de ti? 'o monstro precisa de amigos'

4) como descreves o teu último relacionamento: 'coisas'

5) descreve o estado actual da tua relação: 'deixa morrer'

6) onde querias estar agora? 'nuvem'

7) o que pensas a respeito do amor? 'chaga'

8) como é a tua vida? 'dia mau'

9) o que pedirias se pudesses ter só um desejo? 'mata-me outra vez'

10) escreve uma frase sábia: '1 beijo=1000'

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O que fora outrora o aproximar do aconchego
Esboça agora um salto cego para o abismo
Soturno, apático e sem brio
O desfolhar da epilética sinfonia
Que tardava em se fazer ouvir
Mas depressa alastrou por todas as frenéticas artérias que consumiu.

Era o calor que me prendia, do corpo ou da alma
Que se intrusou em mim
Enquanto as minhas mágoas matava
Foi a respiração inquieta que sentia
Que infiltrou em mim um pulsar novo
Um fôlego maior que os meus pulmões pudessem aguentar.

Subi até ao mais alto dos pedestais
Nunca olhei para trás, os olhos estavam toldados
Não pensei que a iminência de cair fosse real
Afinal, nunca tal segurança me tinha prendido a si.

Agora só a réstia de um sufoco perdura
Nos destroços gritantes da memória
Qual furacão, rápido, incisivo e inconsequente
Ainda não me deixa viver, apesar de já ter fugido
Pensei que me tornarias invencível, mas venceste-me
O meu ser foi vencido, ardeu por um fogo que sempre foi frio.

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Tell me what you've done to yourself
I would like to know
Write it on the rocks and then
Tell me where to go
Why you say wait
Wait
Tell me you're the lucky one
How fast you can throw
Tell me all the things you've done
I would like to know
Why you say wait
Why


So tell me something bad you've done
Tell me bout your ghost
Tell me bout the game you won
And the one who lost
Why you say wait
Wait

Tell me bout your magic touch
Every coin you toss
The cat get out, the dog get in
That's how it's always been
Why you say wait
Why

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Podia fazer aqui uma review muito pormenorizada, mas limito-me a dizer que foi muito bom e que valeu a pena.



A primeira parte assegurada pelos Murdering Tripping Blues ficou muito bem entregue, são simplesmente puro e duro rock 'n roll. Ao vivo, explodem.

Os Blood Red Shoes em si, superaram as minhas expectativas, tanto na performance, como na interecção com o público.

Para repetir.

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Hoje, estava a ter o chamado "dia de merda", e então ao fim da tarde decidi ir para uma esplanada de um café, por aí.

Ao lado da esplanada estava uma loja, de nome, Boutique dos Cabelos, que vendia perucas. Como as paredes eram de vidro, via tudo o que se passava la dentro. Lá dentro estava uma senhora anafada, com um berrante casaco vermelho. É entao que digo para a minha amiga: "Aquele cogumelo andante parece a Betty" (estimada esposa de Zê Castêlo Branco), e eis senão quando, que aparece uma criatura elegantérrima com uma reluzente peruca loira platinada. Eu ao vislumbrar o meu ídolo White Castle, grito histericamente : "Oh meu deus, 'tá ali o Castelo Branco!"

E foi assim, hoje ganhei o dia. Aliás, ganhei a semana. Só por ter a honra de ver o rei do jet-set nacional a escolher pirucas senti-me realizada.

No final, ia ele e a sua comitiva, e diz-nos com a sua voz nasalada:
"Beijiiiinhos.. Não gosta de me ver de loiro? Não é o meu cabelo, é so uma peruca!hahaha"

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..para se traduzir algo com que toda a gente se identifique.

Não é preciso uma grande produção, se o vídeo mesmo sendo simples diz tanto.



I Don't to Get Over You - The Magnetic Fields

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Provavelmente a melhor banda portuguesa de sempre.
Ou pelo menos aquela com mais essência.

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Hoje estive o dia todo a ouvir Guns N' Roses.

São daquelas poucas bandas que eu tenho a certeza, que passem os anos que passarem, vou continuar a ouvir. São das poucas que se enraízam cá dentro, que eu sei me vão deixar fascinada sempre, e não só por uma pouca porção de tempo.


Embora a formação de ouro possa nunca mais voltar a reunir-se, todo o tempo em que trabalharam juntos, deixou um legado imtemporal, e irão sempre influenciar muita gente.

E se há coisas bonitas, uma delas é esta música.

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No Natal, a família Kaulitz não precisa de comprar árvore.


É só por fitinhas e bolinhas na cabeça do Bill.

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O José Castelo Branco é daquelas criaturas que sempre provocou em mim perplexidade pela tendência em cair no ridículo e fácil de ser reduzido a material humorístico. Nem vou analisar o que ele é, ou pretende ser exteriormente. O que sempre me irritou foi a forma arrogante com que fala, e com que afirma que é uma "estrela". Sim, lá porque quebra os padrões da "normalidade", é o maior. E depois ainda critica os valores da sociedade portuguesa, e nos chama preconceituosos. A questão não está em ele usar roupa de mulher, e maquilhar-se, está na forma de ser dele, arrogante e narcisista.

Pior é ter a mania que canta.
Enfim, tem dinheiro, tem a fama, porque não ganhar ainda mais dinheiro com um cdzinho?
Isto revolta-me. Com tanto bom artista por aí, a precisar de ajuda, apostam nisto.

Cover(assassínio?)de "Light My Fire" dos The Doors


Mas como é possível?? Se ele consegue gravar um disco, eu também consigo!

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Mereço o Prémio Nobel da Paciência.

Vai ser especialmente criado para a minha homenagem, na sequência dos meus incríveis avanços e descobertas para a evolução desta área.

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O amor foi uma palavra criada pelo Homem, para poder foder de graça.

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Novo single do albúm de 2008 dos Kings of Leon, Only By The Night. Um pequeno vício.



Off in the night, while you live it up, I'm off to sleep
Waging wars to shape the poet and the beat
I hope it's gonna make you notice
I hope it's gonna make you notice

Someone like me
Someone like me
Someone like me, somebody

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Cliente: Quanto pesa o pc?
Empregado: 1, 19 kg ..
Cliente: E com os programas?


(baseado em factos verídicos)

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Rufus Wainwright é outro songwritter que admiro e que completa o meu "trio maravilha", juntamente com Tom Waits e Nick Cave.

Esta voz arrebata-me completamente, e a par disso a componente lírica emocional, a puxar para o romântico.


This Love Affair


In My Arms

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Num rescaldo dos Ema's de ontem em Liverpool, que previsivelmente iria ser uma porcaria, aqui fica a lista de vencedores para comprovar que estes prémios e nomeações nunca devem ser levados a sério.



Artista do Ano
- Britney Spears
Álbum do Ano - Blackout , Britney Spears
Artista Rock - 30 Seconds To Mars
Melhor Vídeo - "A Beautiful Lie", 30 Seconds To Mars
Cabeça de Cartaz - Tokio Hotel
Música Mais Viciante - "So What", Pink
Artista Revelação - Katy Perry
Artista R&B / Hip-Hop - Kanye West
Ultimate Legend - Paul McCartney
Escolha dos Artistas - Lil Wayne

Ora muito bem, começando pelo albúm do ano, os outros nomeados, entre os quais Leona Lewis e Coldplay, também não eram grande espingarda, mas tinha logo que ganhar o pior? Ao menos que ganhasse a Alicia Keys, sempre tem mais voz que a Britney Espirros.

A seguir, melhor cabeça de cartaz. Obvio que são os Tokio Hotel! Então, mas alguma das outras bandas consegue reunir um numero tão grande de pitalhada no mesmo evento? Só Tokio Hotel. Quais The Cure, quais Foo Fighters, quais Metallica. Esses são uns aprendizes.

Canção mais viciante, venha o diabo e escolha! São todas irritantes por igual! Entre a Duffy, a Perry e os Coldplay, que ganhe lá a suposta "estrela do Rock".

Artista Revelação. Bem, só se for reveleção do pior que pode haver na música. Aqui já faz bastante sentido, termos Jonas Brothers, Miley Cyrus, ou One Republic.

Melhor artista Rock. Antes 30 segundos para marte, do que Paramore. Os nomeados para melhor artista rock, são sempre uma piada.

Melhor Artista de Sempre. A verdade é que la venceu o Rick Astley, seja ele quem for, antes esse que Tokio Hotel. Ou Britney Spears.

O resto dos vencedores/nomeações corro tudo a um grande LOL, porque enfim, não há muito mais para dizer.

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Era tão bom que eu pudesse hibernar, nem que fosse só por uns dias, e acordar numa manhã de sol resplandescente com os problemas todos resolvidos.

Era tão bom.

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Ontem fez-se história nas eleições americanas.
Marthin Luther King sonhou, Obama concretizou.
Foi a eleição mais votada desde 1960, renhida até ao fim.
O 44º presidente norte-americano, representa uma reviravolta de mentalidade conservadora nos Estados Unidos, sendo o primeiro negro a subir ao posto mais alto daquele país, e do mundo.


Estados fervorosamente republicanos, mudaram o voto, e a mudança que Obama clamava, chegou finalmente á Casa Branca. A questão da raça, que poderia ser prejudicial á vitória democrata, parece ter sido enterrada finalmente.
Os princípios certos, uma campanha bem feita, e o entusiasmo dos eleitores.

No final, parece que a melhor escolha foi feita, e as celebrações fazem-se um pouco por todo o mundo. McCain felicitou o rival, e ambos encontraram maneira de trabalharem juntos pela América.

Discurso de Obama em Chicago

Discurso de McCain no Arizona

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Esta sim é a candidatura mais forte. lol



Depois da resposta a John McCain, o vídeo de propaganda eleitoral! Priceless.

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Venero este homem. Não pelo que ele faz, mas pela forma explosiva de argumentar. Pode ser um corrupto, e fazer as falcatruas dele no mundo futebolístico, a mim não me interessa nada, porque não estou por dentro do assunto, e sou uma leiga nisto. Mas este homem, além de falar por cima de toda a gente, explode á mínima coisa, enfim. Acho-lhe piada pronto.

Shô Major Vs. Presidente dos Árbitros


Shô Major Vs. Dias Ferreira


Shô Major Best Of

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And I don't believe in the existence of angels
But looking at you I wonder if that's true
But if I did I would summon them together
And ask them to watch over you
To each burn a candle for you
To make bright and clear your path
And to walk, like Christ, in grace and love
And guide you into my arms

Into my arms, O Lord
Into my arms, O Lord
Into my arms, O Lord
Into my arms

And I believe in Love
And I know that you do too
And I believe in some kind of path
That we can walk down, me and you
So keep your candlew burning
And make her journey bright and pure
That she will keep returning
Always and evermore


"Into My Arms" - Nick Cave

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Genialidade Joy Division.







Provavelmente a minha favorita da extinta banda de Ian Curtis.
Acho a música de uma melodia melancólica incrível, de alguma forma, revejo inconscientemente os meus pensamentos mais negativos naqueles acordes.

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Foi uma autêntica rave que se viveu no Coliseu dos Recreios, com a passagem da ex-voz dos Moloko, Róisín Murphy, numas entusiásticamente dançantes duas horas de espectáculo.

Com uma primeira parte que deixou algo a desejar, o DJ de serviço da rádio Oxigénio deixou a maioria dos presentes impávidos, esperando desesperadamente a subida ao palco da estrela da noite.

Com alguns minutos de atraso em relação a hora marcada, é num ambiente electrónicamente pesado que a figura aguardada emerge, envergando um pomposo casaco negro, o qual lhe atribui uma figura um tanto ou quanto galinácea. Para gáudio dos repórteres fotográficos, Murphy usa e abusa das poses, e estes atropelam-se para conseguir o melhor plano.

"Overpowered" arranca as vozes da multidão, seguindo-lhe "You Know Me Better". É um arranque avassalador, sentindo-se o chão tremer com tantos saltos. Começa a saga de trajes, mesmo no meio do palco, e a plateia olhava curiosa para todo o aparato cénico. Em "Tell Everybody", a estrutura de concerto "encolhe-se" para a zona direita do palco, tornando-se mais intimista, o que leva a momentos mais mornos, mas não menos excitantes. E é a atmosfera que se vive ao longo da actuação, momentos intimistas, alternando fases mais eléctricas.

Róisín é uma verdadeira entertainer, a acompanhar o seu "vozeirão", junta-lhe a dança que incorpora na atmosfera de cada música, e o toque teatral e versátil, das personagens que vai entoando nas mudas sucessivas de indumentária. É a artista completa.

Misturam-se temas dos Moloko, mas não os mais rodados, e esperados como Sing It Back ou Forever More. Movie Star um dos temas actuais, desdobra-se numa versão que se distancia da de estúdio, numa improvisação (ou talvez não) arrojada, mas mantém o refrão reconhecível.

Por fim, é suplicado um encore(havia quem já a tratasse por "Rosinha"), e este chega com uma cover de Slave to Love, de Brian Ferry. A festa termina com Ramalama (Bang Bang) que repõe toda a gente a dançar frenéticamente.

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Irrita-me profundamente a mudança de hora, na época inverniça.

Já não basta chover, estar um frio desgraçado, vento com rajadas de 200km/h, ainda fica escuro mais cedo. Uma pessoa já tem um dia de merda, e a muito custo sai do conforto da caminha, e ainda por cima ás 16h já está noite practicamente.

Ás 4h da tarde ainda há tanta coisa para fazer, e somos obrigados a fechar-nos em casa porque já é de noite e está a chover torrencialmente.

É algo que me enerva. Para que raio estar a alterar a hora, se o Inverno por si só já lixado?

Enfim.

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Isto é uma situação que um amigo meu presenciou hoje, quando estava no supermercado.



Vem uma senhora brasileira com uns pensos na mão, e pergunta a empregada:

Brasileira: Estes pensos têm abas, não têm ?
Empregada: Não, esses não.
Brasileira: Mas diz aqui "sin abas"...
Empregada: Não, os que têm dizem "com abas".
Brasileira: Ah....então mas aqui diz "sin".
Empregada: Não, "sin" quer dizer "sem"...


SIM ABAS! lol

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É a nova media-whore da cena indie pop actual, ou pop-rasca, whatever.

Todas as semanas há notícias sobre a rapariga, que, curiosidade, nada têm a ver com a música da dita cuja. Ou é a boneca da Katy Perry, ou os seios da Katy Perry, e até a mãe que beijou o coitado do Jimi Hendrix . Polémica. Afinal, não há má ou boa publicidade, desde que se fale, é o que conta.

Para mim não se trata mais do que uma forma de colmatar a falha de qualidade que ela (não) tem, enquanto artista. Tudo bem, teve um bom single, bom no sentido de que é catchy, e fica de tal maneira grudado no ouvido, que uma pessoa dá por si a cantarolar isto, sem sequer gostar.

Tem uma boa figura, pessoalmente acho-a linda, mas se ela quiser singrar na música, e não acabar como uma one hit wonder, já tratava de ter aulas de técnica vocal. As performances ao vivo, demonstram que Katy, daqui a uns anos, senão mesitos, vai desaparecer com o fenónemo. Deixam muito a desejar. Há certas partes em que ela consegue ser mais esganiçada do que eu, algo que eu julgava impensável.

Pronto, o estilo muito vintage, meio retro, meio qualquer-coisa-muito-da-cena-com-tiques-pinup, e a elegancia da miúda, enchem o olho, especialmente do povo masculino, mas a presença em palco nao passa pela parte visual, isso é apenas um suplemento daquilo que deve sempre prevalecer, o talento musical.






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Warm Beer Cold Women - Tom Waits

Dizer que o homem é genial, é pouco.



Fico para aqui a ouvir isto, ponho-me a pensar e não faço mais nada. É incrível como estou há quase duas horas a ouvir esta música, e só agora é que me dei conta disso.

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Foi perante uma sala a abarrotar de fiéis, que dEUS desceu até nós (são só umas horas de avião desde a Antuérpia), para uma aparição que entre quem esteve presente não será, de todo, esquecida, confirmando assim a excelência dos belgas nas lides do espectáculo.

A primeia fase do promissor serão de Domingo, esteve nas mãos dos nacionais Os Pontos Negros, nova "banda revelação" e coqueluche da cena actual musical. Acho que enquanto banda são medianos, não justificando toda a adoração que vejo por aí em torno deles. Não sei se culpe a qualidade acústica (ou falta dela) da sala, ou se a falha de inspiração dos próprios pontinhos.

Por volta das 22h, a excitação e inquietação mostravam-se ávidas, numa espera interminável, pelo que só os bancos verde espargo não estavam irrequietos ali. Era um cenário que fazia lembrar as visitas de estudo da primária ao teatro, só que aqui as bocas murmuravam as letras de Kid A dos Radiohead, o plano de fundo sonoro.

Após uns breves ensaios de fumo, dando a idéia que Pete Doherty estaria algures escondido a dar umas passas, eis que as luzes vacilam, ao passo que uma quase histeria ecoa por todo o espaço. As cinco criaturas muito aguardadas fazem-se desfilar pelo palco esfumado, elevando ainda mais alto a ovação dos presentes.

O anfitrião Tom Barman, de cigarrinho na boca e vigorando uma enorme alegria por nos ver a todos, ordena em forma de pedido simpático que nos levantemos. Por ele, o clima ideal seria que as cadeiras fossem arrancadas, pois era notório o entrave á festa que estas representavam. Não há vivalma que se deleite na sua cadeira, hoje a Aula Magna não têm gente sentada.

Aos primeiros acordes de "When She Comes Down" - o mote de abertura do novo registo, Vantage Point - os corpos devotos da banda começam a bambulear-se sobre si mesmos. As eras da banda alternam-se, rebuscando seguidamente um hit antigo, Instant Street que faz as delícias de um público êxtaseado, especialmente aquele que vê neste concerto como que um desenrolar do baú de recordações de juventude.

"Slow", mais outra artéria de Vantage Point, é só um nome enganador, pois ao redor da voz calma de Barman, a dança efusiva da maioria continua. "Architect" vêm ainda mais abalar a massa dançante. Após tanto estímulo que faz ferver o sangue, as primeiras notas de "Nothing Really Ends", remetem-nos para um clima mais emocional, clima depressivo, de quem acabou de perder um grande amor e que nada mais lhe resta se não um copo de whiskey, a melhor companhia para deslindar as amarguras, num bar, enquanto chove lá fora. As luzes estão baixas, talvez para recriar a atmosfera lírica da música. Só algumas pessoas ainda acompanham o ritmo da musica com o corpo, a maioria está a olhar atenta, mas de pé ainda, e aposto que muita gente está a pensar na situação semelhante que já viveu, á qual remete a historia que Barman nos conta meio cabisbaixo, ou noutro qualquer pensamento inquietante que assole a mente. Pelo menos a mim, é uma música que me traz alguma melancolia. E outros pensamentos que me visitam de vez em quando.

Os aplausos ensurdecedores fazem-se ouvir, seguindo-se Bad Timing, num começo hipnotizante, sentindo-se o tom zangado na voz de Barman. Três demandas musicais depois, e dá-se o fecho da primeira fase do ritual, com Suds & Soda, mais uma celebração apoteótica da velha guarda, do albúm de estreia, Worst Case Scenario, de 1994. Mesmo com uma luz tímida, parece que se destaca o brilho nos olhos de tanta gente que ali está, a reviver momentos passados, marcados por aquele som que cantam ininterruptamente. Parece que muitos voltaram a ser adolescentes naquele momento. Os sorrisos são muitos.

Posto isto, as cinco figuras proeminentes da noite, recolhem-se, deixando a multidão a salivar por mais momentos mágicos concedidos pelos senhores.

Após o pedido frenético de quem os queria, voltam-nos a encher as pernas de vida, ao som de "Oh Your God". Dá-se outra incursão ás memórias, desta vez com data de 1996, "Serpentine" do albúm In a Bar, Under the Sea. "For The Roses" é mais um momento de extravansante energia, com um começo calmo, contrastante com os momentos epiléticos que transbordam das guitarras. Barman já dança com a sua.

Um último travo do novo albúm, Favourite Game e o derradeiro momento da despedida chega em tom de surpresa para muitos, com Morticiachair, vinda dos primórdios da banda, até agora, trazidos pelos dEUS de agora.

Findada a mostra de tanta arte sonora, a opinião parece-me unânime, quando digo que a satisfação pairava no ar, e nos rostos de todos. Elementos da banda incluídos. Foi uma junção de gerações, umas que acompanham desde o início da banda, outras acompanhantes desde o momento em que a música de dEUS lhes tocou a alma e não mais as abandonou. Na Aula Magna, houve amor mútuo entre banda e público, e se dEUS tocassem amanhã, haveria igual romaria como a deste domingo.