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Está perdida.

Quando eu era pequena, via o Natal como o melhor momento do ano, a par do meu aniversário, porque era sinónimo de prendas, e mais brinquedos para o monte. Mas também porque era sinal que ia viajar até á cidade capital, e ver a família que não via todo o ano, visto estar "exilada" numa terriola chamada Trancoso, plena Guarda.

Com o passar dos anos, fui realmente deixando de ligar a presentes. Porque o que precisamos mesmo não vem empacotado. Precisamos é de pessoas, e se vierem empacotadas, o mais provável é receber-mos cadávers.
Vejo o dia 24 de Dezembro, como um dia em que a família se decidiu reunir, e com a "obrigação" de encher a casa de embrulhos. E, melhor, bastantes comes e bebes.

É uma época onde reina o consumismo (culpem os Reis Magos, esses é que tiveram a ideia de oferecer presentes ao Menino), e pior, a hipocrisia. As pessoas juntam-se todas, muitas com o intuito de ver o que lhe calha dentro dos envólucros enlaçados. A família pode estar separada, o ano inteiro, chega o Natal, e aparecem todos muito simpáticos para comer bacalhau com batatas á borla e receber prendas.

É ir aos centros comerciais, e além de estarem sobrelotados ver as pessoas cheias de sacos e saquinhos e a máxima " Tenho que comprar qualquer coisa para [inserir nomes]" estampada na testa.

Eu não dou prendas a ninguém. Se dou é raro. Ou estou num momento Oprah Winfrey, ou é porque é alguém que realmente merece um presentinho. Por isso, neste Natal, novamente não vão haver embrulhos com a etiqueta "de:Andreia". Para prenda, basta bem a minha simpatia.



É basicamente isto, tenham um terrível Natal, e não gastem dinheiro em prendas!

1 bolachas

Anônimo disse... @ 27 de dezembro de 2008 às 23:07

Não me importo que não me des nada, ser tua amiga basta.

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