| 4 bolachas ]

Oooh darling who needs love?
Who needs a heaven up above?
Who needs the clouds, in the sky, not I

Oooh darling who needs the rain?
Who needs somebody that can feel your pain?
Who needs the disappointment, of a telephone call, not I
No I don't need that at all, not I

I'm, tired of love
Yeah, sick of love
I've taken more than enough

Oooh darling who needs the night?
The sacred hours, the fading life
Who needs the morning, and the joy it brings, not I
I've got my mind on other things, not I

Oooh darling who needs joy?
Who needs a perfect girl or boy?
And who needs to draw, that person near, not I
Because they always disappear, not I

And you know, I'm, tired of love
Yeah
Yeah I'm, sick of love
Yeah
You give me more than enough

I'm gone!

Oooh darling who needs love?
Who needs a heaven up above?
Who needs all the arguments, who needs to be right, not I
But I just can't give up without a fight, not I
No I just can't give up without a fight, not I
No I just can't give up without a fight, not I
No no no not I
Ooh no no not I





Esta música anima-me.
Gosto do tom irónico, e da melodia estranhamente alegre para acompanhar algo comummente infeliz. Mas gosto especialmente da posição de independência e da diminuição que é feita do tema em questão. Gosto desta letra por apontar tudo o que o envolvimento emocional traz de desgastante e inútil. E que praticamente, não há nascimento de um afecto que não termine em suicídio forçado do mesmo. E que a sua memória não se revele uma chaga.

E porque é que uma coisa que não se vê, e que não é pálpavel nos consegue enxovalhar tanto?

Este título estipula aquela pergunta crucial e ambígua a que todos querem responder com um altivo "Eu não", quando mais precisam de gritar "Eu preciso". O analgésico psicológico para isto, passa em repetir constantemente afirmações que impulsionem uma revolução interior e a limpeza cerebral. Não preciso, não quero mais disso, e tenho coisas mais importantes em que pensar. E se me tenho a mim, não preciso de mais ninguém. Muito menos, para me tornar infeliz. É uma questão de hábito, dizer isto todos os dias, mas dizer com afinco.

A seguir, arranjem um trabalho. Uma distracção. Duas. Três. Vinte, se o caso estiver mesmo mau. Tricot, pesca, origami, palavras cruzadas, aprender a cozinhar pratos tailandêses.

Teoricamente, todos nós precisamos de amor. Uns mais que outros. Outros precisam de sexo, mas isso é outra conversa.
Mas falo do amor que é amor.
O que vem antes da parte física.
O que fica depois do entrosamento carnal.
Todos precisamos disso para nos sentirmos vivos. Mas isto já não é o que era. Agora há aquela coisa, de se escolher de quem se gosta, e os interesses todos que lhe estão subjacentes. Nunca vou perceber. Infelizmente não consigo usar as pessoas para meu bel-prazer. Talvez se fosse ridícula e fraca de espírito a este ponto, tivesse mais sorte. Todavia, prefiro continuar com o meu azar do caraças, do que passar para o lado da tacanhez de mentalidade que muitos hoje envergam. Sou do clube dos retrógados no que se refere a amores e boa conduta em relação aos outros. Até me sinto mal com isto, ser retrógada em alguma coisa.

Mas não percebo porque é que algo tão natural, é hoje em dia tão mecanizado e tornado artificial por tanta gente. Amo-te, amo-te, amo-te. Diz-se por aí. A torto e a direito. Palavra mais banalizada não há. E muito poucos desses "amo-te" são sentidos. Secalhar são sentidos, mas com outras partes corporais que não o coração. Agora gosta-se das pessoas quando estas nos dizem algo (fisicamente), quando nos tocam (fisicamente), e a parte emocional(?) vem depois, como sempre foi. Sexo á borla, e garantido. É isto que é o amor.

4 bolachas

Jockey Full Of Bourbon disse... @ 22 de janeiro de 2009 às 18:45

o teu problema é nao gostar de sexo

Anônimo disse... @ 25 de janeiro de 2009 às 19:04

Gostei do blog. Bom gosto musical sem dúvida!
Esclarece-me uma curiosidade foste tu que fizeste aqueles comments anónimos lindos no blog deste senhor que está aqui a comentar?!

Andreia Vieira da Silva disse... @ 25 de janeiro de 2009 às 23:32

Obrigada :)
Não, não fui eu.

Nuno Miguel Silva disse... @ 19 de março de 2011 às 03:34

Bati-me toda a minha juventude pelo último paragrafo. So true, so sad, so wrong.

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