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127 Hours
Danny Boyle, 2010



Antes de mais, pensar que vamos ver um filme que se baseia numa história real, leva-nos mais facilmente á comoção, saber que aquilo aconteceu e mudou a vida de alguém, para o bem ou para o mal. 127 Horas é o que um filme baseado em factos reais tem que ser, credível, emocionante, vertiginoso e inspirador, tudo sem grandes floreados, sendo o mais sincero e directo possível. Uma das cenas mais violentas e críveis, a tão falada cena de amputação do braço de Aaron, levou a desmaios, vómitos e até atatques de epilépsia, em salas de cinemas australianas, americanas e canadianas. Mas se em cenas mais impressionantes, calculamos para nós, que aquilo é fachada e "ketchup", ao ver esta cena imaginamos se naquela situação teríamos o sangue frio de salvar a própria vida, através daquele meio.


Esta é a história do alpinista Aaron Ralston (James Franco), que tinha como segunda casa, as montanhas de Utah, nos Estados Unidos. A 25 de Abril de 2003, durante a tarde, como era habitual, caminhava entre os canyons que bem conhecia. Mas ao se aventurar por uma fenda, é apanhado por um deslocamento de rochas, caindo e ficando com o braço direito preso entre as paredes do canyon. O antebraço é o suporte da pesada rocha, e impossibilita-o de sair dali.



A partir dali viveria os 5 dias mais difícieis da sua vida, e que a marcariam para sempre. Enquanto tentava libertar-se e sobreviver, filmou pequenos diários disso mesmo, e todos os pormenores constam do livro Between a Rock and a Hard Place.

O
filme é simples, e é nessa simplicidade e genuidade, que se aproxima mais do espectador. É do mesmo realizador de Trainspotting e Quem Quer Ser Milionário?, e tem no papel principal James Franco (O Homem-Aranha, Milk), que consegue passar a imagem de herói humilde e despretensioso, e transbordar realismo nas cenas mais agonizantes. Tem 6 Indicações ao Óscar: Filme, Actor (James Franco), Roteiro Adaptado, Edição, Banda-Sonora Original, Canção Original.