| 2 bolachas ]

Love and Other Drugs
Edward Zwick, 2010



A história de "O Amor é o Melhor Remédio" centra-se na personagem de Jake Gyllenhaal, Jamie Randall, um vendedor farmacêutico, que além do sucesso com as vendas, é como um íman para as mulheres. Num dos hospitais no qual tenta impingir o seu produto, Zoloft, conhece Maggie Murdock (Anne Hathaway), uma rapariga de 26 anos que é diagnosticada com uma doença degenerativa, Parkinson. Maggie assim como Jamie, gosta de encontros sexuais casuais, nunca se envolvendo romanticamente com ninguém, e procura ao máximo que isso não aconteça, mas com o desenrolar dos acontecimentos, a relação entre os dois passa a ser séria.


O filme aborda também o mundo competitivo e capitalista da indústria farmacêutica, e pela loucura em torno do lançamento do Viagra. Situa-se nos anos 90, que sugere o único erro do filme, que é ter pouca ou nenhuma referência quer á cultura da época, quer pela banda banda sonora que se desenquadra.


A química entre os dois actores é notável, e o romance prende claramente o espectador pela descontração que os dois empregam nas personagens, cativando pelo á-vontade nas cenas sexuais e pelo lado humorístico. No entanto a comédia romântica de que se trata o filme, assume também contornos mais dramáticos, abordando de forma séria a doença de Maggie, e os problemas a longo prazo que lhes trarão enquanto casal.


"O Amor é o Melhor Remédio" não é um mau filme, não sendo também uma grandiosa obra. É uma comédia romântica que consegue entreter, cativar, pois tem nos dois actores principais, grandes interpretações. A temática, apoia-se basicamente nas peripécias do romance do casal de mente aberta, mas também se torna interessante nas referências que faz aos doentes de Parkinson, tomando uma vertente mais séria na cena em que vemos uma conferência com doentes de Parkinson, contando histórias e piadas sobre a própria doença.


2 bolachas

Jorge Almeida disse... @ 12 de fevereiro de 2011 às 23:45

Eu não tinha grande fé neste filme, aliás o trailer que não ajuda em nada fez-me po-lo no mesmo saco com as outras com as outras comédias românticas com o Owen Wilson ou seja lá quem for que as faz ultimamente, mas este é muito mais hardcore que qualquer filme do género. Não é só pelas cenas mais ou menos arrojadas, tendo em conta o tipo de filme, mas consegue ser muito mais sombrio do que qualquer outro. A cena em que o personagem do Jake Gyllenhaal está na convenção de doentes de parkinson e está a falar com o marido de uma doente que já está numa fase avançada é um verdadeiro "reality check", não porque seja estranho que haja pessoas com aqueles tipos de sentimentos, mas porque a minha própria moral é posta em causa e provavelmente não sei como sair da zona cinzenta do problema.
E no que toca à parte de comédia romântica é genuinamente amoroso. Se calhar é de mim mas tirando aquela parte do " eu quero sexo sem compromissos tu também, portanto vamos a isto" a relação é muito credível.

De resto o filme peca no final que é demasiado cliché, provavelmente era melhor filme senão tivesse um final feliz ou pelo menos era mais original.

Não percebo porque dizes que está mal caracterizado quanto à epoca. A Anne Hathaway parece a Alanis Morissete, o Jamie está a vender aparelhos electronicos que agora nos chocam de tão arcaicos que são e, para colmatar, tens A MACARENA.

Cátia disse... @ 15 de fevereiro de 2011 às 11:17

Vi o filme com o meu namorado e adoramos :) No inicio não estava a gostar...parecia mais do mesmo e baseava-se em sexo. Mas depois gostei da reviravolta.

http://behindcatiseyes.blogspot.com/

Postar um comentário