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Hereafter
Clint Eastwood, 2010

Hereafter, como o nome indica, aborda três experièncias diferentes em relação á morte, enquanto estamos deste lado. O filme enquadra também realidades que levaram a morte de muitas pessoas, como a tragédia de 2004 com o tsunami na Tailândia, e o atentado ás estações de metro em Londres, cenas completamente bem construídas.

A cena inicial está incrivelmente bem conseguida, recriando aquilo que milhares de pessoas viveram durante o tsunami que atingiu a Tailândia em 2004. Esse primeiro bloco consegue, de facto, prender o espectador aos acontecimentos, devido á credibilidade e imprevisibilidade das imagens. A partir daí percebemos que há três histórias, em pontos diferentes do mundo, e demora até se entender que elas se interligam. No entanto, uma coisa têm em comum, são três experiências com a morte, três pontos de vistas sobre o porquê da morte, o que há além da vida.



Cécile de France, dá vida a Marie Lelay, uma jornalista francesa que sobrevive inacreditavelmente ao tsunami. A partir daí, encara a vida de outra forma, e esta muda completamente em função dessa experiência.


George (Matt Damon) é um operário em São Francisco, que além de exercer uma profissão completamente banal, tem um dom, não tão banal. É um médium, que, mesmo querendo esquecer-se da sua "habilidade" para comunicar com espíritos, continua a sentir sinais de pessoas mortas. George só quer ter uma vida normal, mas nunca o consegue devido ao seu dom.


Frankie and George McLaren interpretam os gémeos britânicos Marcus e Jason. A história dos irmãos, na qual lidam com a mãe drogada é comovente, e poderia dar enredo suficiente para outro filme. Jason entretanto morre num acidente e Marcus tenta a partir daí comunicar com ele, procurando vários médiuns, e nessa busca, também a vigarice que é feita em torno deste tema é descrita e ironizada.

No seu todo, é um filme que reúne opiniões tanto positivas como negativas, tanto pela lentidão com que a trama se desenvolve, como pelo tema polémico que é, mas apesar dessa controvérsia, consegue emocionar, é interessante e consegue pôr os espectadores a pensar no que é a vida, e no que poderá ser a morte.