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Um moço chamado Valentim, era bispo mas acabou sem cabeça, porque ajudava casais a darem largas á sua promiscuidade. Não, não era prostituto, gostava era de celebrar casamentos ilegais. Acabou na choldra, mas entretanto ainda se enrolou com a filha cega do carcereiro. E, devia ser de tal forma talentoso, que a moça recuperou a visão. Por isso, hoje em dia ainda temos que levar com um dia, em honra do Valentim.



Enfim, vai-se no metro com duas pessoas ao lado, que parece que estão a gozar com a tua cara. Ali a sorverem-se mutuamente como se não houvesse amanhã. E, entre chupadelas, páram para dizer coisas não mais inteligentes do que "oh, então quero mais beixinhos...", "oh amorxinho, cutxi cutxi, oh és parvinho, hi hi"

Nunca a troca de fluídos salivares me enjoou tanto.
E depois, andam todos de mãozinhas dadas e não sei quê, como quem diz "Vejam vejam, é o nosso dia! E vocês nao têm ninguem a quem dar a mão! Vejam como somos felizes e amados!"

E entra-se nos armazéns do chiado, e dá-se de caras com um "concurso do beijo", e duas criaturas em cima de um círculo muito fofinho, cor-de-rosa, com um coração num espeto, que chama muito pouco a atenção, até porque estão mesmo ali á entrada, feitos emplastros no meio das escadas rolantes, com um coração fofinho sobre as suas cabeças.
E isto é só um exemplo de patetices que há no dia dos namorados. Não vou comentar os veteranos ursinhos com coraçõezinhos. Isso já é algo trivial.
Bonito, é ver que ainda há namorados que gastam dinheiro em coisas realmente bonitas, como umas rosinhas. É a coisa menos foleira de se oferecer.

No fim, fica-me sempre na cabeça, a pergunta "Qual é a necessidade de haver um 'dia dos namorados' "?

Que inutilidade de efeméride, sinceramente.
É só uma expressão do consumismo que há dentro de cada um, e que quer ter uma justificação plausível, para sair cá para fora.

E haver também um "Dia dos Encalhados", ou "Dia dos Divorciados"?

Que se comemore o Natal, ou a Páscoa, ainda se compreende, agora, o amor de duas pessoas comemora-se todos os dias (enquanto dura), não é preciso existir um dia marcado no calendário que os lembre de se amarem, ou oferecerem prendinhas. Assim coomo não é preciso existir um dia específico no ano que sirva para atirar á cara dos solteiros, que estão sozinhos.

1 bolachas

Anônimo disse... @ 15 de fevereiro de 2009 às 21:33

So falta,

tenho dito!

palminhas, palminhas!

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